Gabriel

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domingo, 10 de junho de 2012

O LUTO DOS IRMÃOS




O LUTO DOS IRMÃOS

A morte dum dos membros de uma família, opera uma mudança muito significativa em todos os elementos indo afetar todo o conjunto familiar no seu equilíbrio o que "obriga" a que todos os seus membros tenham de adaptar algumas mudanças de adaptação à nova realidade.

As alterações que se produzem no seio familiar depende de vários factores sendo os principais os seguintes:

- A fase de evolução em que a família se encontrava

- o papel que o falecido desempenhava na mesma

- A intensidade dos laços afectivos que os membros dessa família mantinham entre si

- O tipo de comunicação que a família tinha com o falecido

- Factores sócio-culturais.
A ajuda à família em luto tem de ter em consideração todos estes factores de influência para poderem actuar de forma correcta
( cada família é uma família)

Irei começar por falar dos IRMÃOS. É extremamente importante dar-lhes atenção, escutá-los e RESPEITÁ-LOS na sua forma de lidar com a perda. Se não o fizermos, corre-se o risco de que venham a adoptar atitudes e condutas menos apropriadas e que revelam uma total desadaptação.

As famílias muito unidas, cujos pais oferecem uma educação franca e aberta com os filhos, sobre todas as realidades da vida, têm maiores possibilidades de enfrentar a terrível realidade da perda dum irmão, duma forma mais serena e equilibrada.

A forma de lidar com os irmãos varia muito conforme se trate de crianças, adolescentes ou adultos.

Colocam-se muitas vezes as seguintes questões:"O que dizer às crianças?", "Pode uma criança elaborar o luto?", "Como se pode ajudar a enfrentar a morte de um irmão?". Temos de ter consciência de que não existem normas universais para se responder a estas questões. Tudo dependerá muito da idade do irmão e da sua maturidade.

Para já existe uma realidade: O irmão sofre porque perde o seu companheiro de brincadeiras, conversas, confidências e por aí fora e perde os pais que tinha... Os pais centram-se na sua dor e ao não conseguirem olhar em redor, deixam os outros filhos como que "abandonados" afectivamente. As rotinas diárias passam a ser diferentes, as conversas deixam de existir ou são minimas, enfim, a tristeza instala-se. Isto ainda desorienta mais o filho ou filhos que ficam pois pensam que o que partiu é que era importante para além de se sentirem impotentes quanto ao alívio da dor dos pais. Muitas vezes, sentem-se também "culpados" por não conseguirem ser como o irmão que partiu. A vida destes jovens, passa a ter uma enorme responsabilidade - a de não serem mais um fardo para os pais nem lhes causar qualquer desgosto e isto vai condicionar a liberdade da sua personalidade evoluir convenientemente.

Vamos estar atentos porque toda a sociedade pode dar uma grande ajuda a estes jovens. Basta estarem disponíveis para falarem abertamente de dor e sofrimento mas acima de tudo para os escutar com respeito.

Mila Agostinho


Retirada da página do facebook
Nossa Ancora - Apoio a pais em luto
https://www.facebook.com/pages/A-Nossa-%C3%82ncora-Apoio-a-pais-em-luto/144972348857044

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